Guia Completo para Ter Filhos na Irlanda: Pré-Natal, Custos, Cidadania e Licença Maternidade
Desde que o Fillipe (Bolder) anunciou a gravidez da esposa, Carol, uma avalanche de perguntas surgiu na comunidade: como é ter filhos na Irlanda? Quais são os custos? O que é coberto pelo sistema de saúde?
Neste episódio, o casal abre o jogo, compartilha sua experiência, revela o sexo do bebê (sim, é um menino! [21:12]), e detalha o passo a passo da jornada da gestação no país, desde a primeira consulta até a licença parental. Prepare-se para um guia prático e sem romantização sobre a maternidade e paternidade na Irlanda.
O Primeiro Passo: Como Funciona o Pré-Natal na Irlanda?
A cronologia da gestação na Irlanda começa com a visita a um GP (General Practitioner), o clínico geral, para confirmar a gravidez [00:40]. Após a confirmação, o próximo passo é o registro no site do HSE (Health Service Executive), o sistema de saúde público irlandês [01:31].
Principais etapas do pré-natal:
- Escolha da Maternidade: Bolder e Carol optaram pela Coombe por ser de fácil acesso e por terem ouvido boas experiências [02:13]. O apresentador ressalta que é comum ouvir críticas e elogios a todas as opções, e a escolha se baseia na experiência positiva de outros residentes [02:22].
- Acompanhamento por Midwives: A segunda consulta, geralmente realizada na 11ª semana, é com as midwives (parteiras). É um check-up geral que inclui exames de sangue, pesagem, histórico familiar e escolha de exames gestacionais (como o de diabetes gestacional) [09:55].
- Visita ao Obstetra (Semi-Privado/Privado): A primeira consulta com o obstetra ocorre por volta da 16ª semana e inclui um exame geral e ultrassom no consultório [10:52].
Vale a pena ter bebê no Brasil? O casal decidiu ter o filho na Irlanda porque confia no sistema de saúde local, vive no país há muito tempo, e deseja que o bebê nasça irlandês [02:54]. Bolder argumenta que muitas das reclamações sobre o sistema de saúde público aqui vêm de pessoas que o comparam com o sistema privado do Brasil, o que, para ele, não faz sentido [04:19].
Parto na Irlanda: É Gratuito? E Posso Escolher o Tipo?
Esta é uma das perguntas mais importantes para quem pensa em ter filhos na Irlanda.
Parto Gratuito (Modalidade Pública) e Planos de Saúde
Sim, o parto na Irlanda pode ser gratuito [04:40]. Existe o sistema público que atende residentes (legais ou ilegais) e cobre o pré-natal, ultrassons e acompanhamento [04:47].
No entanto, há três modalidades de acompanhamento, e a escolha afeta os custos e o nível de serviço [05:32]:
- Pública (Gratuita): Coberta integralmente pelo governo. Você não escolhe o médico que fará seu parto [06:17].
- Semi-Privada: Cobre alguns exames e o parto, mas outros custos são cobrados. Bolder e Carol optaram por esta modalidade por já terem um plano de saúde pela empresa [07:14].
- Privada: Você cobre todos os custos. O principal atrativo é poder escolher o obstetra para acompanhamento, mas este médico só fará o parto se você pagar um extra para ele estar de plantão (caso contrário, será o médico de plantão no dia) [05:52].
Quarto Privado: Você pode pagar pelo quarto privado, mas ele não é garantido. Mesmo pagando, você depende da disponibilidade da maternidade no dia do parto, podendo ir para um quarto compartilhado [06:48].
Custos e Reembolsos no Semi-Privado
O casal detalha alguns dos custos que tiveram, destacando que, com plano de saúde, eles pagam primeiro e depois pedem reembolso [10:39]:
- Teste NIPT (Panorama): Exame opcional para checagem de cromossomos e gênero [09:01]. Custo: €460. É preciso checar a pólice do plano, que pode cobrir até 75% [09:24].
- Taxa do Obstetra (Antenatal Fee): Cobrança para cobertura do tipo de exame e acompanhamento escolhido. Custo: €750 no Hospital Coombe [11:09].
- Ultrassom do Segundo Trimestre (Big Scan): Para verificar os órgãos do bebê [11:45]. Custo: €200 [11:55].
- Custos de Parto (Pagos pelo Plano): O custo só do quarto privado é em torno de €3.000, o parto normal €400, e a cesárea €530—valores que o plano de Carol deve cobrir [12:48].
Cesárea Eletiva: É Permitida?
O padrão na Irlanda é o parto normal [13:31]. A cesárea é realizada, na maioria das vezes, apenas por necessidade médica [13:40].
Se o casal decidir por uma cesárea eletiva sem justificativa médica, eles terão que pagar do próprio bolso, pois o plano de saúde não fará a cobertura [14:05].
Licença Parental, Cidadania e Acompanhamento
Além dos custos do parto, a vida pós-nascimento também tem regras e benefícios específicos.
Cidadania Irlandesa e Registro do Bebê
O bebê tem direito à cidadania irlandesa se o pai ou a mãe residirem legalmente na Irlanda por mais de 3 anos, com visto de trabalho (Stamp 4) [17:00]. Vistos de estudante não garantem a cidadania automática.
O registro de nascimento é gratuito, mas o certificado impresso custa €20 [17:42]. O registro deve ser feito após três semanas do nascimento [17:49].
Licença Maternidade e Paternidade (Maternity and Paternity Leave)
- Licença Maternidade (Maternity Leave): A mãe tem direito a 26 semanas remuneradas (6 meses), com um valor de €289 por semana pago pelo governo [18:18]. No caso de Carol, a empresa cobre o salário integral nas primeiras 21 semanas, somado ao valor do governo [18:34].
- Licença Não Remunerada: A mãe pode tirar mais 16 semanas de licença não remunerada [18:50].
- Licença Paternidade (Paternity Leave): O pai tem direito a duas semanas de licença [19:30]. Bolder, que é self-employed (autônomo), também tem esse direito, recebendo cerca de €500 no período [19:43].
- Licença Parental (Parental Leave): Um adicional que o pai ou a mãe podem tirar para estender o tempo com o bebê, podendo chegar a quase um ano de licença, juntando todas as modalidades [19:07].
Aulas e Acompanhamento
O casal também mencionou aulas extras oferecidas pelo próprio hospital para preparar os novos pais, incluindo:
- Aulas de Cuidados Essenciais com o bebê (quatro aulas presenciais) [20:26].
- Aulas de Amamentação (duas aulas) [20:40].
- Aulas de Fisioterapia Pélvica [20:46].
Conclusão: “Mais Irlandês do que Brasileiro”?
Com todas as informações em mãos, a experiência de ter filhos na Irlanda é detalhada e cheia de procedimentos. O sistema de saúde público oferece uma base sólida e gratuita, mas as opções semi-privadas e privadas exigem atenção aos custos e planos de saúde.
E a última pergunta respondida por Bolder: o medo de o filho ser “mais irlandês do que brasileiro”? Ele assume que é inevitável que a criança absorva a cultura local crescendo na Europa, mas o maior esforço do casal será para que o filho fale português [22:27].
Gostou do guia? Para ver todos os detalhes da experiência de Bolder e Carol, assista ao vídeo completo!
E você, já teve filhos na Irlanda ou está planejando? Compartilhe sua experiência ou dúvida nos comentários!