Se você é brasileiro e vive (ou pensa em viver) na Irlanda, já deve ter percebido algumas diferenças culturais marcantes. No episódio “O que os Brasileiros podem aprender com os Irlandeses?” do Bolder Podcast, Fillipe Cardoso, o apresentador, mergulha em uma análise sincera sobre aspectos do comportamento irlandês que podem nos ensinar muito. Ele destaca que são generalizações baseadas em sua experiência, mas que nos fazem refletir sobre nossos próprios hábitos. Continue lendo para descobrir quais são essas lições valiosas!
Lições Essenciais: O Que Podemos Aprender com os Irlandeses?
Respeito às Regras e Pontualidade
Bolder observa que os irlandeses encontram um equilíbrio interessante em relação à pontualidade, situando-se entre a rigidez alemã e a flexibilidade brasileira. Para eles, pontualidade é, acima de tudo, um sinal de respeito pelo tempo alheio [01:51]. Fillipe compartilha uma experiência pessoal, mencionando um caso em que foi repreendido por se atrasar para o trabalho na Irlanda, algo que talvez fosse mais tolerado no Brasil [02:13]. Embora o transporte público irlandês possa falhar, a cultura de seguir regras e ser pontual é visivelmente mais forte aqui [02:27].
Simplicidade e Humildade: Menos Ostentação, Mais Experiências
Uma das grandes diferenças culturais apontadas é a simplicidade irlandesa. No Brasil, muitos buscam bens materiais caros, como carros e casas grandes, muitas vezes incorrendo em dívidas para impressionar [03:09]. Na Irlanda, a ostentação se manifesta mais em experiências, como viagens e bons restaurantes [03:33]. Fillipe sugere que, apesar de os irlandeses geralmente terem mais recursos financeiros, eles são mais humildes em relação a bens materiais [03:50].
Apreciação pela Comunidade
A Irlanda se destaca pelo forte senso de comunidade, algo que Fillipe sente faltar no Brasil, onde o foco muitas vezes se restringe à propriedade individual [04:15]. Ele cita exemplos como feiras de bairro e mutirões de limpeza que beneficiam a todos, fomentando a ideia de viver em grupo [04:45, 05:03].
Respeito à Natureza e Espaços Públicos
Praias e florestas na Irlanda são notavelmente mais limpas, com as pessoas se preocupando em não deixar lixo, pensando no próximo usuário [05:22, 05:40]. Bolder destaca a “diferença absurda” ao comparar uma praia brasileira com uma irlandesa nesse quesito [06:30]. Mesmo com exceções, a comunidade se mobiliza para responsabilizar quem não respeita o meio ambiente [05:57].
Etiqueta no Trânsito: Priorizando a Vida
O trânsito brasileiro é descrito por Fillipe como caótico e violento [06:44]. Na Irlanda, a direção é mais defensiva e lenta, o que pode estranhar brasileiros inicialmente [07:15]. Ele observa que os motoristas irlandeses são mais corteses e menos competitivos [07:38]. Bolder ressalta o respeito pela vida, mencionando casos onde estradas são fechadas para investigações detalhadas de acidentes [08:17]. Placas em Wicklow, por exemplo, exibem o número de mortes de motociclistas, sublinhando o valor de cada vida [08:44]. Bolder argumenta que, no Brasil, a prioridade muitas vezes é “ter razão” em vez de preservar vidas [09:03].
Consciência Histórica e Cultural
Fillipe lamenta o descaso brasileiro com a própria história, onde sítios históricos são vistos como “lixo velho” [09:31]. Ele, tendo vivido em Salvador, uma das cidades mais antigas do Brasil, aponta o abandono de muitos edifícios históricos [09:31]. Em contraste, na Europa, edifícios antigos são muito bem preservados [10:33]. Os irlandeses, por sua vez, valorizam e promovem ativamente sua dança, música e cultura para o mundo [10:56].
Equilíbrio entre Trabalho e Vida Pessoal
Os irlandeses conseguem manter uma vida social ativa em paralelo com o trabalho, sem buscar horas extras em excesso e priorizando o lazer ou atividades físicas após o expediente [11:38, 11:47]. Bolder compara com o ambiente corporativo brasileiro, onde há uma pressão para parecer sempre ocupado, resultando no medo de sair no horário [12:13]. Para ele, é crucial equilibrar o tempo de trabalho e o pessoal [12:58].
Comunicação Direta e Objetiva
A comunicação brasileira, muitas vezes indireta e “cheia de tato”, pode gerar ambiguidades [13:24]. Os irlandeses, por outro lado, são mais diretos e objetivos. Embora isso possa parecer rude às vezes, essa clareza evita mal-entendidos e agiliza a resolução de problemas, especialmente no ambiente de trabalho [13:44, 14:14].
Conclusão: Adaptação e Reflexão
Fillipe reitera que essas observações são generalizações, mas servem como um convite à reflexão sobre nossos próprios hábitos. Adotar alguns desses traços irlandeses pode facilitar a adaptação não apenas na Irlanda, mas em outros países europeus [14:44]. A vida no exterior é uma jornada de aprendizado contínuo, e o Bolder Podcast está aqui para inspirar, informar e conectar brasileiros que buscam essa experiência.
E você, concorda com as observações de Bolder? Quais outras lições você tiraria de sua experiência no exterior? Deixe seu comentário e não deixe de assistir ao vídeo completo para mais insights!